Bárbara Neves e Vinicius Calafati, do enduro, e Eric Granado e João Teixeira, da motovelocidade, contam como é ter o apoio do pai nas competições
Amigo, companheiro e fiel escudeiro. É assim que a maioria dos pilotos da Honda Racing descreve seu pai. Muito mais que um progenitor, no mundo das competições de moto, tem pai de piloto que exerce funções que vão além de torcedor e fã número um. Para celebrar o Dia dos Pais deste ano, comemorado neste domingo (8/8), conheça algumas histórias que levam a relação pai e filho de casa para as trilhas e pistas.
Bárbara Neves e Rildo Gonzaga
Ser pai de piloto é viver uma emoção à parte, imagina ser pai de uma piloto. É a mesma coisa! Atual bicampeã latino-americana e tricampeã brasileira de enduro, Bárbara Neves está sempre ao lado do pai Rildo Gonzaga nas competições. “Ele foi a pessoa que me ensinou a andar de moto e me incentiva até hoje. Cresci vendo ele fazer trilhas e participar de provas de enduro. Isso acabou me influenciando e quis seguir pelo mesmo caminho. É essencial tê-lo por perto nos treinos, corridas, eventos internacionais. Sem dúvida em todos esses momentos é bom ele estar ao meu lado”, conta a jovem de 21 anos, primeira mulher a integrar a equipe oficial da Honda Racing no Brasil.
Bárbara destaca também a importância de ter o pai ao lado nos principais momentos da vida e da carreira. “É a pessoa que mais me conhece. Se estou nervosa, com medo, apreensiva, ele sempre tenta me acalmar. Se eu estou feliz, ele também comemora junto comigo. É um grande pai para mim e para meus irmãos”, conclui.
Vinicius e Fernando Calafati
É também do enduro que vem a próxima história. Sabe aquela pessoa que não tira o olho da motocicleta do piloto? Está atento a todos os detalhes para que tudo esteja perfeito na hora da largada. Esse é o Fernando Calafati, pai do Vinicius, pentacampeão brasileiro de enduro. “Meu pai é o cara que eu mais admiro na vida. Tudo o que sou, devo a ele. Foi quem acreditou em mim no esporte, sempre me acompanhou e está comigo o tempo todo até hoje. Tê-lo como integrante da equipe é muito importante”, diz o piloto Calafati, de 26 anos.
A rotina inclui as viagens, situações que exigem total empenho, dedicação e, claro, momentos de descontração. “Independente de tudo, quero que ele esteja sempre perto de mim, porque a presença dele no time faz toda a diferença, principalmente nas provas. Isso me deixa muito feliz”, ressalta.
Eric e Marco Granado
Quem acompanha o Eric Granado na motovelocidade está habituado a ver seu pai, Marco Granado, nos bastidores das corridas. Atual tetracampeão do SuperBike Brasil na principal categoria e integrante da equipe Honda Laglisse no Campeonato Espanhol de Superbike, o jovem de 25 anos destaca que a relação com o pai é fundamental desde início da carreira e por tudo que ele está vivendo hoje. “Meu pai é o maior incentivador e apoiador. Ele investiu muito, principalmente no início. Se tenho essa vida que tenho e se posso viver do esporte é graças a ele. Já são 19 anos de carreira e ele sempre esteve ao meu lado. Vai em todas as corridas, mesmo eu morando agora na Europa, ele está sempre presente. É também meu empresário no Brasil”, evidencia o piloto.
Em uma relação forte pessoal e profissional, como essa, nem sempre tudo é perfeito. “É claro que tem aqueles momentos difíceis entre pai e filho, mas com certeza, ele sempre desejou o meu melhor e me apoiou ao máximo. Sou muito grato a tudo que ele fez e faz por mim”, completa.
João e Felipe Teixeira
Qual é importância da presença do pai para um garoto que está começando a carreira como piloto? João Teixeira, 11 anos, piloto da Honda Jr Cup, categoria-escola de motovelocidade para crianças e adolescentes, já sabe muito bem o que esse apoio significa. “Sempre que estou ansioso, meu pai conversa comigo para eu não ficar nervoso. Ele é fundamental em tudo! Fala para eu fazer uma corrida calma, tranquila e limpa. Antes de entrar na pista a gente revê as estratégias e de lá eu sempre mando um coração para ele e para a minha mãe, porque os dois são tudo para mim”, descreve o campeão da categoria em 2019.
Para Felipe Teixeira, o pai do João, a relação dos dois é mais que pai e filho. “Sou o principal apoio em tudo o que envolve a preparação dele para as corridas de moto. Temos uma ligação muito intensa com tudo isso. É fantástico para mim estar junto para que ele possa realizar esse sonho. Não sabemos hoje até onde vamos chegar, mas de uma coisa tenho certeza, a conexão que nós temos com a moto é algo que vai para a vida toda”, revela. “O mais importante é saber que eu faço parte de um momento especial da vida dele, seja na formação como piloto e também como homem. Lá na frente, ele vai se lembrar de tudo isso que vivemos”, finaliza.