Henrique Henicka transforma sonho em realidade ao entrar para a equipe Honda Racing

Henrique Henicka transforma sonho em realidade ao entrar para a equipe Honda Racing

Novo integrante e mais jovem piloto do time conta o que mudou na sua rotina e os objetivos para a carreira no motocross

Fazer parte da equipe Honda Racing Brasil é um sonho para muitos pilotos. Porém, estar entre os principais competidores do país em diversas modalidades é uma oportunidade para poucos. O reconhecimento do talento e bom desempenho na carreira abriram portas para o jovem Henrique Henicka conquistar a tão desejada vaga no esquadrão vermelho. Natural de Lajeado (RS) e aos 16 anos, o novo piloto de motocross é também o mais jovem entre todos os demais integrantes do time, que incluem as modalidades enduro, rally e motovelocidade.

Campeão brasileiro de motocross em 2016, na categoria 65cc, Henicka também foi duas vezes vice-campeão em 2018, na 85cc, e no ano passado na MX2 Júnior. Para se tornar piloto oficial da Honda na MX2, ele venceu a seletiva de 2021 do HTT (Honda Talent Test), um projeto da marca totalmente focado na seleção de novos talentos do motociclismo nacional.

Batalha ganha, o passo seguinte foi ser apresentado oficialmente ao público, aos patrocinadores e à imprensa, em um evento online, realizado no fim de março. Ao entrar na equipe Honda Racing de Motocross, Henicka adotou um novo numeral, o #75, para a motocicleta CRF 250R, para se enquadrar na linha de múltiplos de 15 adotada na temporada pelo time, que conta com os campeões Hector Assunção (#30) e Jetro Salazar (#60), na MX1, além de Leonardo Souza (#45), que também disputa a MX2. O chefe do time é o Cale Neto.

Conheça um pouco mais da história e dos objetivos de Henrique Henicka, agora como piloto da equipe Honda Racing: 

Como foi receber a notícia que você foi escolhido para integrar o time na temporada 2021? Quais as características e habilidades que você acredita que foram fundamentais para você conquistar a vaga no time?

Com certeza eu fiquei em choque! Foi uma notícia tão impactante que ainda parece não ser real. É algo que eu sempre quis. Sempre vi de fora a equipe Honda Racing e ficava pensando como seria se eu estivesse lá. Agora eu estou aqui, dentro dessa grande equipe, e muito feliz. Treinei muito e me dediquei bastante para chegar onde estou. Só posso dizer que se você acha que está bom, pode continuar ainda mais e mais forte, porque nunca é o bastante.

Quando você começou no motocross? Você sempre teve o apoio da sua família?

Eu comecei a andar de moto com oito anos apenas para brincar. Aí, conheci o Enzo Lopes, Potty e outros pilotos que andavam na nossa região. Participei de algumas corridas e me destaquei. Foi então que comecei a investir mais no esporte. Minha família sempre esteve ao meu lado me dando todo apoio que precisava.

Na temporada 2021, você vai utilizar a motocicleta CRF 250R. Como foi seu primeiro contato com a moto?

Foi bem bom. Pensei que seria mais difícil, mas estou me adaptando muito bem com a moto. Fizemos uma corrida de treinamento na abertura do Campeonato Paranaense de Motocross, em Cascavel, e foi muito importante para a minha evolução de olho no Campeonato Brasileiro de Motocross.

Você é o piloto mais jovem entre todas as equipes da Honda Racing, de todas as modalidades. É um time repleto de campeões. Como você se sente em relação a isso? A responsabilidade por bons resultados aumenta?

Eu me sinto muito lisonjeado. Estou tendo uma oportunidade única e são poucos os que têm essa chance, ainda mais com a minha idade. Com certeza, é uma responsabilidade muito grande.

Quais as mudanças que já aconteceram na sua vida após entrar para o time? Como está sendo a sua rotina? Você está conciliando os estudos com os treinos?

Foi uma grande mudança. Estou morando longe da família, no CT da equipe Honda de Motocross, em Campina Grande do Sul, perto de Curitiba (PR) e, com isso, a responsabilidade dobrou. Todos do time me acolheram muito bem, já me sinto entrosado. Estamos sempre dando risadas e tudo mais. Sigo estudando, estou atualmente no primeiro ano do Ensino Médio e a minha escola, que fica em Quatro Barras (PR), cidade perto do CT, tem a opção de aulas online, que é o que estou fazendo. 

A primeira etapa do Brasileiro de Motocross está prevista apenas para agosto. Como você tem administrado a ansiedade para essa estreia?

Eu estou bem tranquilo em relação a isso. Acho que vai ser bem massa e ao mesmo tempo, bem diferente de tudo que já vivi nas competições. No momento, estou bastante focado no presente para não ter que pensar na ansiedade.

Qual o seu sonho como piloto Honda Racing? Onde você pretende chegar? Quero sempre representar a marca com o maior prazer e buscar levá-la ao topo do pódio. Quero chegar muito longe com essa equipe. Quem sabe até disputar o AMA (Campeonato Americano de Motocross/Supercross)!


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