Chileno da equipe Monster Energy Honda venceu a última etapa nesta sexta-feira (14/1) entre Bisha e Jidá, na Arábia Saudita
Jidá (Arábia Saudita) – O chileno Pablo Quintanilla é vice-campeão do Dakar 2022 nas motos. Com a CRF 450 Rally, o piloto da equipe Monster Energy Honda completou nesta sexta-feira (14/1) os 12 dias da 44ª edição do maior rally do planeta na segunda colocação, realizada pelo terceiro ano consecutivo na Arábia Saudita. Ele também venceu a última etapa, entre Bisha e Jidá. Ao todo, foram mais de oito mil quilômetros percorridos, sendo cerca de quatro mil contra o relógio.
Além de Quintanilla, todos os pilotos do time concluíram a prova, marcada neste ano pela grande competitividade na categoria. O espanhol Joan Barreda fechou na quinta colocação, seguido de José Ignacio Cornejo, também do Chile, e Ricky Brabec, dos Estados Unidos e campeão do Dakar de 2020.
Para se ter uma ideia da disputa nas motos, o título foi decidido no último dia e Pablo Quintanilla ficou apenas 3min27s atrás do campeão, o britânico Sun Sunderland. O chileno chegou ao time em maio do ano passado. Já em sua primeira corrida pela equipe, ele ficou na terceira colocação no Andalucía Rally e, depois, foi campeão do Rally do Marrocos. Essa é a terceira vez que ele termina no top 3 do Dakar (2016, 2020 e 2022).
Ao todo, a Monster Energy Honda conquistou nesta edição do Dakar cinco vitórias nas etapas, sendo duas do Barreda, duas do Cornejo e uma do Quintanilla. Com isso, subiu para 97 o número de vitórias da Honda em especiais na competição.
O próximo desafio da equipe Monster Energy Honda será o Abu Dhabi Desert Challenge, entre os dias 5 e 10 de março.
Pablo Quintanilla (2º lugar geral das motos) – “Estou muito feliz com o resultado e com o meu desempenho ao longo de toda a corrida, especialmente durante a segunda semana, que administrei bem, compensando o tempo com um desempenho estável. Quero agradecer a toda a Monster Energy Honda pelo trabalho incrível ao longo desses dias. Foi uma prova muito dura e com muita tensão. Havia uma chance de vencer a edição, mas não foi possível. Mesmo assim, estou feliz com o segundo lugar. Agora é aproveitar esse momento.”
Joan Barreda (5º lugar geral das motos) – “O resultado deste Dakar é um quinto lugar com uma clavícula quebrada há uma semana e depois de perder 40 minutos em um waypoint no primeiro dia. Mantive a mentalidade e a ambição que tive durante todo o ano, apesar das adversidades. Não desisti e fui até o fim. Nas provas, às vezes as coisas vão bem e outras não vão. Mas o importante para mim foi mostrar todo o trabalho que foi feito. Nos preparamos durante sete meses para o Dakar. Agora é hora de descansar um pouco para depois pensar nos novos objetivos, sabendo que a motivação tem que ser 100%. Neste Dakar, todos os dias que subi na moto tive sensações únicas.”
José Ignacio Cornejo (6º lugar geral das motos) – “Terminamos o Dakar com uma boa etapa. Estou muito feliz com o último dia, sem erros e com um bom ritmo. Estou satisfeito por ter finalizado o Dakar assim, mas não no balanço geral, porque, apesar de ter recuperado várias posições nesta última semana, o erro no início da prova prejudicou o final. Poderia estar mais à frente na classificação. A equipe em geral foi muito sólida e quero parabenizar todos os meus companheiros pelo excelente trabalho realizado nesses dias.”
Ricky Brabec (7º lugar geral das motos) – “Tentamos tudo até o último dia. Havia navegação e muitas pedras. Não desistimos até o final. Estou feliz, saudável e pronto para ir para casa. Não havia muito mais que pudéssemos fazer. A primeira etapa nos matou. Depois da primeira semana foi definitivamente difícil juntar os cacos. Voltaremos no próximo ano para tentar vencer.”
Ruben Faria (gerente geral da equipe) – “Em primeiro lugar, quero felicitar toda a equipe pelo trabalho realizado neste Dakar. Foi uma prova muito dura. Conseguimos vencer as duas últimas edições e neste ano fomos vice-campeões, porém lutamos até o final pela vitória. No final, foi muito gratificante, pois colocamos os quatro pilotos entre os sete primeiros. A primeira semana começamos com uma desvantagem, começando com o prólogo. Nessa disputa teve um waypoint muito difícil, no qual os pilotos perderam muito tempo. O resultado disso fez com que não começássemos bem naquelas primeiras etapas. Mas estávamos sempre lutando e trabalhando para melhorar passo a passo. Gostaríamos de ter mantido o título, mas este segundo lugar foi muito difícil e tem um grande valor para a equipe. Há muita competição entre as marcas e pilotos de diferentes equipes. Temos que trabalhar mais e melhorar em todos os aspectos. Terminamos de cabeça erguida, sabendo que todos deram o máximo em suas respectivas funções. Este Dakar foi muito difícil, com especiais longas e duras, com tudo o que um Dakar deve ter. Por último, mas não menos importante, também desejo parabenizar a equipe que finalmente conseguiu vir do Japão apesar da Covid-19. Eles estavam conosco e trabalharam bastante também. Quero agradecer especialmente ao Taichi Honda por estar sempre ao nosso lado.”
Classificação Final – Dakar 2022 – Motos RallyGP – dez primeiros
1º Sun Sunderland #3 (GBR) 38:47’30
2º Pablo Quintanilla #7 (CHI) +3:27 – Monster Energy Honda Team – CRF 450 Rally
3º Matthias Walkner #52 (AUT) +6:47
4º Adrien Van Beveren #42 (FRA) +18:41
5º Joan Barreda #88 (ESP) +25:42 – Monster Energy Honda Team – CRF 450 Rally
6º José Ignacio Cornejo #11 (CHI) +38:06 – Monster Energy Honda Team – CRF 450 Rally
7º Ricky Brabec #2 (EUA) +46:04 – Monster Energy Honda Team – CRF 450 Rally
8º Andrew Short #29 (EUA) +46:08
9º Toby Price #18 (AUS) +49:20
10º Lorenzo Santolino #15 (ESP)+58:26